Nessa semana que passou, aconteceu a décima edição do Meeting Comex, em Joinville.
O evento está a uma década trazendo networking, empresas e conhecimento a todos que participam.
E nesse ano teve novidades.
Não foi um dia apenas. Foi uma noite de abertura e o dia seguinte de evento.
A noite de abertura foi muito especial. O comitê do Meeting Comex, presidido por Carolina Botelho, caprichou nas palestras ao trazer Murilo Gun, Marcos Piangers e Gustavo Borges.
Particularmente, fiquei muito satisfeito. Já conhecia o Murilo Gun e sua trajetória e sabia que o que ele iria mostrar viria de encontro com o evento.
Murilo trouxe aquilo que eu, e acredito que muitos, sentem ao se deparar com alguns cenários: a falta de criatividade.
A gente acha que quem precisa ser criativo são outras profissões, quando na verdade, o comércio exterior passa por tantas transformações que a gente precisa aprender a mudar e a criar novos conteúdos, conhecimentos e se adaptar ao mercado.
De forma muito bem humorada, Murilo Gun passou por cada fase da vida, desde a infância até a vida adulta, mostrando como a criatividade não é sobre adicionar novas coisas e sim sobre resgatar aquilo que já temos de conhecido.
Nas palavras dele:
“A natureza da natureza é mudar. Todo processo de mudança tem dor, mas o sofrimento é opcional.
O primeiro passo é aceitar aquilo que é, e ter forças para mudar.
O segundo passo é cuidar de você mesmo.
O terceiro passo é saber perdoar e agradecer.”
Parece papo de coach.
Não é, mas é.
Se você já está revirando os olhos, sinto muito, mas esse texto não é pra você. São verdades que relutamos a acreditar pois, algumas vezes, não colocamos em prática.
Já Marcos Piangers, subiu no palco para mostrar como precisamos olhar a tecnologia como nossa aliada e não ter medo do desconhecido.
Ele demonstrou tudo o que tem de mais novo em inteligência artificial. Foi um show ver tanta tecnologia disponível para todos.
Sendo um profissional de comércio exterior, precisamos entender como a tecnologia vai colaborar para melhorarmos nossos processos e operações.
Encerrou-se a noite de abertura com sucesso. E veio o segundo dia de evento.
Cabe aqui, mais uma vez, um grande elogio à equipe organizadora. Receber 2 mil pessoas com “pensão completa” não é uma missão fácil. Problemas sempre acontecem mas se tornam pequenos, perante um evento tão bonito.
O segundo dia teve vários workshops, como de costume, em horários pré-selecionados pelos participantes.
A maioria dos workshops tentam trazer novidades, novos sistemas, leituras de cenários, mas, acabam pecando por não atacar o dia a dia da maioria.
E qual é a rotina da maioria? Muito mais do que importar e exportar.
O Meeting Comex, ano após ano, cresce, traz mais pessoas, mais empresas, mais patrocinadores e precisa trazer mais workshops que agreguem aos profissionais, sejam eles vendedores, compradores, operacionais, analistas, assistentes, estudantes, etc.
Por ser um dos maiores eventos de comércio exterior do Brasil, o Meeting Comex precisa ser exemplo. Precisa formar novos profissionais, novos líderes, novos palestrantes e dar mais espaço para compartilhar ideias.
Os workshops foram bons, mas precisam ser melhores. Precisam ir além do “vender seu peixe”. É por isso que acredito que as três principais palestras, de Murilo Gun, Marcos Piangers e Gustavo Borges, são o pote de ouro desse evento.
Por fim, o evento encerrou com uma palestra de Gustavo Borges, sobre atletas/profissionais de alta performance. Uma reflexão muito boa sobre o dia a dia de um atleta medalhista olímpico que, depois de 4 anos trabalhando arduamente, pode ver todo seu esforço ser perdido em centésimos.
Não é à toa que ele tem 4 medalhas olímpicas e inspirou novos nadadores no Brasil.
Todos que comparecem no evento e o apreciam por inteiro, se tornam melhores profissionais e contribuem no seu ambiente de trabalho.
Valorize quem participa e acompanha esses eventos.
Até 2024, Meeting Comex!